Sete boas razões<br>para convidar um amigo

Margarida Botelho (Membro da Comissão Política)

Os pró­ximos oito dias são de­ci­sivos. Em todo o país, mi­lhares de mi­li­tantes do Par­tido e da JCP, mi­lhares de amigos da Festa, vão con­versar com ou­tros tantos e con­vidá-los para vir à 40.ª edição da Festa do Avante!

«Este ano queres vir co­migo à Festa?» – pre­ci­samos que este con­vite seja feito a muita gente. Ao jovem que nunca foi, ao co­lega de tra­balho e de luta que quer saber mais sobre o Par­tido, ao mi­li­tante de muitos anos que ul­ti­ma­mente não tem tido con­di­ções para ir, ao vi­zinho, ao amigo, ao fa­mi­liar. A todos.

Há tantas ra­zões para gostar da Festa quantos os vi­si­tantes que um dia lá foram. Mesmo assim, fa­zemos a ten­ta­tiva de elencar sete.

Porque é a Festa da cul­tura, em que a mú­sica, o te­atro, o ci­nema e as artes plás­ticas são rai­nhas. Em vá­rios palcos, um te­atro e um ci­nema, pode ver-se es­pec­tá­culos, filmes e peças do que me­lhor se faz no nosso País, de todos os es­tilos e para todos os gostos; em que a cul­tura por­tu­guesa e quem a produz estão em des­taque e são va­lo­ri­zados. Em que a de­mo­cra­ti­zação cul­tural não é um chavão, mas uma prá­tica. Em que gente de todo o País e de todas as con­di­ções eco­nó­micas e so­ciais pode ver es­pec­tá­culos nor­mal­mente re­ser­vados às grandes salas dos cir­cuitos co­mer­ciais; em que há lugar para o que de mais novo se re­vela no pa­no­rama ar­tís­tico na­ci­onal, com des­taque para o maior con­curso de bandas do país.

Porque é a Festa do des­porto, numa di­mensão cres­cente de ano para ano, a Festa também é des­porto. Galas e exi­bi­ções de de­zenas de mo­da­li­dades, fi­nais de tor­neios des­por­tivos, além da cor­rida e da ca­mi­nhada da Festa, que en­volvem largos mi­lhares de pra­ti­cantes.

Porque é a festa da gas­tro­nomia, onde é pos­sível provar igua­rias de todo o País, co­nhecer pro­dutos re­gi­o­nais vindos ver­da­dei­ra­mente dos pro­du­tores, matar sau­dades da co­mida tí­pica da nossa terra ou provar pratos de ou­tros con­ti­nentes. Tudo con­fec­ci­o­nado em no­tá­veis con­di­ções de hi­giene e se­gu­rança ali­mentar.

Porque é uma festa para todos, «o sítio em Por­tugal com mais so­li­da­ri­e­dade por metro qua­drado». É isso que a torna uma Festa para todos, onde todos têm mo­tivos de in­te­resse; onde as cri­anças têm lugar pró­prio e pro­gra­mação a pensar nelas; em que há um trans­porte adap­tado para pes­soas com mo­bi­li­dade re­du­zida; em que a me­lhor forma de chegar é de trans­portes pú­blicos – com des­taque para o com­boio da Festa e para as ex­cur­sões or­ga­ni­zadas de todo o País – mas onde há bons acessos ro­do­viá­rios e par­ques de es­ta­ci­o­na­mento gra­tuitos.

Porque é a 40.ª Festa e tem um ter­reno novo. Em 1976, a Festa do Avante! foi pi­o­neira em quase tudo. Nos anos que se se­guiram, mi­lhares de pes­soas foram à Ajuda, ao Jamor, a Loures, de­pois à Ata­laia, e na Festa vi­veram ex­pe­ri­ên­cias que não es­quecem. Este ou aquele con­certo que marcou, a força do co­lec­tivo que nunca mais se es­queceu, a Festa em geral, mar­caram a for­mação po­lí­tica e pes­soal de muitos ho­mens e mu­lheres, al­guns que eram ainda cri­anças, e que hoje con­ti­nuam a ter uma me­mória muito forte da nossa Festa. A esses ca­ma­radas e amigos, que por um mo­tivo ou outro não têm ido à Festa ul­ti­ma­mente, tem de ser co­lo­cada a questão de que a esta edição não se pode faltar.

Porque é a 40.ª e será por isso mesmo me­mo­rável, inau­gu­rando um es­paço novo, com­prado através de uma no­tável Cam­panha Na­ci­onal de Fundos. Quem vi­sitou no ano pas­sado a Quinta do Cabo não a vai re­co­nhecer, tal é a pro­fun­di­dade das obras que o co­lec­tivo par­ti­dário ali con­cre­tizou. Agora é real o lema que usámos: há mais es­paço e mais Festa!

Porque é a Festa do Por­tugal de Abril. Não ha­veria Festa em 1976 se não ti­vesse ha­vido Re­vo­lução em 1974. Mas não é só cro­no­ló­gica a li­gação de Abril à Festa. É uma Festa po­pular, de massas, de ce­le­bração da vida e da ri­queza e di­ver­si­dade do nosso povo. É uma festa que trans­forma em vida real o di­reito à cul­tura, ao des­porto, ao con­vívio; que ex­prime ca­lo­ro­sa­mente a so­li­da­ri­e­dade com as lutas do nosso povo, e dos povos dos ou­tros países. É uma festa de li­ber­dade, amostra do que podia ser o fu­turo de Por­tugal com os ideais de Abril.

Porque é a Festa do PCP, feita pelo PCP, posta à dis­po­sição de todos os que a queiram vi­sitar. Uma afir­mação da ale­gria e da con­fi­ança com os que os co­mu­nistas por­tu­gueses en­caram a vida, o mundo e a luta para os trans­formar. Uma amostra viva do que o tra­balho co­lec­tivo e a or­ga­ni­zação dos tra­ba­lha­dores pode cons­truir.

Um bom sítio para co­nhecer este Par­tido, as suas po­si­ções e pro­postas: nas ex­po­si­ções, nos de­bates, nos li­vros, na pro­gra­mação dos es­paços cul­tu­rais, e so­bre­tudo no grande co­mício de do­mingo. Mas também no con­vívio sim­ples e di­recto que a Festa pro­picia. Ir à Festa é uma boa ma­neira de dar força ao PCP.




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